Lá estava você, feliz da vida porque finalmente ia colocar o seu site no ar… Até que o sonho foi por água abaixo: o web designer sumiu!
Este é um problema mais comum do que se imagina. Frequentemente recebo ligações de novos clientes com a mesma reclamação: de uma hora para outra o “profissional” que estava cuidando do seu site simplesmente desapareceu, e levou com ele todo e qualquer vestígio da página que vinha sendo criada há tempos.
Em todo segmento há bons e maus profissionais mas, em algumas ocasiões, o fiel da balança acaba pesando para o lado negativo. No mercado de web design é assim: muita gente aventureira prometendo mundos e fundos (e, muitas vezes, cobrando quantias irrisórias, como se a sua reputação no mundo digital valesse 12 parcelas de “quer pagar quanto?”).
O (ir)responsável pela maioria das histórias trágicas é o famoso “sobrinho” (quem nunca ouviu alguém dizer que tem um jovem na família que faz sites com o pé nas costas?). Ele é o clássico aventureiro… Aquele jovem que assume a função de web designer nas horas vagas só para garantir um trocado… Que cobra baratinho, apesar de se vender como o gênio da computação.
Mas, a verdade é que o trabalho do “sobrinho” geralmente é o mais simplório possível: a configuração errada do WordPress, a personalização incompleta de temas e a instalação de uma tonelada de plugins, por exemplo. Afinal, pra que perder tempo otimizando sites se dá pra encurtar o caminho com uma centena de códigos prontos? O resultado pode ser desastroso: um site lento e nem um pouco amigável…
Não bastasse o trabalho porco no desenvolvimento, o “sobrinho” geralmente comete um erro gravíssimo: contrata o domínio e hospedagem em seu próprio nome. Muitas vezes, com o objetivo de ganhar um trocado a mais ao intermediar a contratação da empresa de hosting. É aí que, sem se dar conta de que está sendo enrolado, o cliente acaba pagando – mais caro – diretamente ao web designer.
“Meu web designer está cobrando uma espécie de royalty pelo uso do site”
É tosco, mas isso acontece… Já me deparei com alguns casos em que o cliente diz que, além de ter pago mais caro pela hospedagem, era também obrigado a pagar uma espécie de royalty anual pelo uso do site… Algo de uma calhordice sem tamanho.
Vamos deixar claro: Web designer é o profissional contratado para criar ou atualizar sites. Uma vez criado o site e colocado no ar, quitado o valor cobrado pelo desenvolvimento, o trabalho está entregue. A menos que o cliente opte por contratar um serviço de manutenção, ele não tem a menor obrigação de desembolsar nada a mais para que o seu site permaneça no ar, a não ser à empresa de hosting (responsável pela infraestrutura de hospedagem), e à entidade onde registrou o seu domínio. A tal “renovação pelo direito de uso do site” não existe! Web designer que se preze deve ser remunerado somente pelos serviços que realizar, como: consultoria, modificações na estrutura ou a atualização do conteúdo (afinal, muitos clientes preferem recorrer ao web designer para ajustar textos e imagens, mesmo dispondo de um painel administrativo).
“Meu site está fora do ar. E agora?”
Dependendo da situação, reze! Se a contratação do domínio (o seu endereço .com ou .com.br) não tiver sido realizada em seu CPF ou CNPJ, você correrá o sério risco de perder o acesso ao seu site caso o web designer rompa relações com você ou desapareça do mapa. Você não terá nenhum direito sobre a titularidade do seu site, pois ele foi registrado no nome do web designer. Este é o pior dos mundos.
Empresas de hospedagem podem ser contratadas e trocadas com certa facilidade, desde que você tenha o controle do seu domínio. Mesmo que o web designer esteja hospedando o site em um servidor dele e a página tenha saído do ar, se o domínio estiver em seu nome, é só contratar outra empresa de hospedagem, apontar o endereço do site para lá e acionar um web designer profissional para assumir o serviço.
“Como posso checar se o site está em meu nome?”
O Registro.br entidade responsável pelo registro e manutenção dos nomes de domínios terminados em .br oferece o Whois, uma ferramenta para consulta pela disponibilidade e pela titularidade de domínios.
Basta informar o endereço do site para checar o nome do titular, o documento da pessoa ou empresa que registrou o domínio, o provedor onde o site está hospedado no momento, a data de criação e renovação do domínio, e a situação dele: se está publicado ou se apresenta algum erro, como o status “Congelado” (o que geralmente acontece quando o prazo para renovação se encerra e a anuidade não é quitada).
“Quais cuidados devo tomar ao contratar um web designer profissional?”
- Verifique a reputação dele. Analise o seu portfólio, os seus perfis nas redes sociais, e veja o que os clientes atendidos acharam do serviço prestado.
- Analise se ele é, de fato, um web designer profissional ou se apenas cria sites como hobby. Isso dirá muito sobre o comprometimento à entrega dos trabalhos.
- Informe-se sobre o seu tempo de atuação no mercado: Se ele é um novato ou se já possui uma certa vivência na web. Nada substitui a experiência de quem já passou por diversas atualizações tecnológicas e está sempre de olho nas novidades.
- Certifique-se de todos os detalhes que envolvam a contratação: Os prazos, as condições de pagamento, a forma de trabalho… Todas as respostas deverão ser dadas imediatamente, de forma clara e objetiva.
- Solicite ao web designer toda ajuda que necessitar antes de registrar um domínio ou contratar uma empresa de hospedagem, tendo em mente que o pagamento desses serviços deverá ser feito diretamente às empresas prestadoras, sem intermediários.
Contrate um Web Designer Profissional
Modéstia à parte, todas essas confirmações você pode encontrar aqui, neste site. Inclusive um web designer freelancer ideal para ajudá-lo em seu projeto: eu mesmo, Mauricio Araújo, autor deste artigo. Se você precisa criar ou atualizar o seu site, entre em contato!